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quinta-feira, abril 25, 2013

Sinais Eloquentes

NÃO QUERIA debruçar-me hoje sobre este tema, mas a minha fúria e desprezo a isso obrigam. Tudo porque hoje, na sessão comemorativa do 25 de Abril, ocorrida na Assembleia da República, quase à porta fechada, viu-se o quão profunda é a crise política que nos afecta, o abismo que separa os governantes dos portugueses e dos reais problemas do país, desde a insofismável sintonia a que se assistiu, entre o governo, a maioria parlamentar que o apoia, e o "seu" presidente, convictamente plasmada nos feéricos aplausos que aquele recolheu, até à debandada dos ministros e de muitos deputados, que fogem dos acordes da "Grândola" como os diabos fogem da cruz.

Do discurso de Cavaco Silva, todo ele coerentemente sintonizado com o rumo político escolhido pelo actual governo, apenas se pode tirar uma conclusão: Sua Inconsistência, que deveria ater-se ao seu tão propalado culto de uma magistratura de influência, provou não passar de um farsante, que nos momentos mais críticos faz questão de não disfarçar o seu comprometimento (embora já tenha dado sinais contrários) com as políticas rapaces que o governo tem andado a fazer, em termos de austeridade, galopante recessão económica e empobrecimento generalizado do país. Tal como o teste do algodão não engana, devido à sua natureza dúplice e enganadora, já há muito que tinha deixado de levar a sério Cavaco Silva. Mas agora ele excedeu-se. O presidente da República que se arrogava de ser um mediador e gerador de consensos, definitivamente, não estava lá. Quem lá estava era um desinibido correligionário do PSD, travestido de ocasional vice-primeiro ministro, com residência oficial em Belém, e o PS, mau grado as cautelas e caldos de galinha, deve ter ficado com uma ideia clara do que dali pode contar. Os sinais são eloquentes e não enganam. Trazer a indignação, a contestação e o protesto para a rua, parece ser o único caminho que resta aos portugueses.

Hoje é o DIA


HOJE é o tal DIA que despertou assim, lá pelas seis e tal da manhã, asfixiado por aquilo que não desejamos, cercado por tudo o que não merecemos. Ontem (há 39 anos) foi o tal DIA robusto e cheio, empurrado por uma longa madrugada de dentes cerrados, que derrotou tantas noites de insónia e pesadelo. Amanhã, lá para o futuro, pelas mesmas seis e tal da manhã, outros DIAS virão, claros e fecundos, que sorrirão ao nobre povo desta ocidental praia, sentinela de outros Abris que florirão.

terça-feira, abril 24, 2012

Em Abril, Vontades Mil

(...)
Entendemos ser oportuno tomar uma posição clara contra a iniquidade, o medo e o conformismo que se estão a instalar na nossa sociedade e proclamar bem alto, perante os Portugueses, que: 

- A linha política seguida pelo actual poder político deixou de reflectir o regime democrático herdeiro do 25 de Abril configurado na Constituição da República Portuguesa;

- O poder político que actualmente governa Portugal, configura um outro ciclo político que está contra o 25 de Abril, os seus ideais e os seus valores; 

Em conformidade, a A25A anuncia que:

- Não participará nos actos oficiais nacionais evocativos do 38.º aniversário do 25 de Abril;

- Participará nas Comemorações Populares e outros actos locais de celebração do 25 de Abril;

- Continuará a evocar e a comemorar o 25 de Abril numa perspectiva de festa pela acção libertadora e numa perspectiva de luta pela realização dos seus ideais, tendo em consideração a autonomia de decisão e escolha dos cidadãos, nas suas múltiplas expressões. 

Porque continuamos a acreditar na democracia, porque continuamos a considerar que os problemas da democracia se resolvem com mais democracia, esclarecemos que a nossa atitude não visa as Instituições de soberania democráticas, não pretendendo confundi-las com os que são seus titulares e exercem o poder.
(...) 

Excerto do Manifesto da Associação 25 de Abril, divulgado em 23 de Abril 2012. O título do post é de minha autoria.